No fundo do eu,
Espectador do imaginário
E das contradições,
Assisto ao meu elenco
Na passividade de plateia
Que sou.
Figurante do que sinto
Enceno os dias
No palco dos actores
Que protagonizam
O sonho improvisado desta ficção.
Cómica caixa cénica
Ou trágica peça encenada
Que pode ser um drama
Ou simplesmente não ser nada.
Parede imaginária
No invisível
Deste pedaço de vida
A confundir o elenco.
Palco de invasores sentimentos,
Nos bastidores intransitáveis da alma,
Que não vêm à cena.
Mundo lúcido enredado
Na rotunda da emoção.
Quarta parede a impedir o sim
Quando a plateia
Só vê o não.
/PF
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