sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lágrima do Vento.

Entraste bem calmo
Pela janela do meu quarto
Parecias-te com um salmo
Para me acalmar do que estava farto.
Vieste, devagarinho
E de mancinho
Acariciaste-me o rosto
Que bem posto na almofada
Não se parecia com nada de nada.
Sentia algo húmido,
Não seco,
Molhado,
E que em cima do telhado
Fazia barulho sem cessar.
Não eras mais nem menos
Que algo divertido
Imaginário ou introvertido
Que decidiu despertar.
E lá partiste tu,
Sempre no teu passo lento
E quando dei por mim...
Eras uma lágrima do vento.

/PF

1 comentário:

  1. Este poema está profundo..

    Quando menos esperamos, surge "do nada" algo que nos acalma, logo no momento que precisamos aliviar a alma...

    Será só chuva?...A chuva não bate assim...não terá sido uma mistura?!

    Beijos

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