domingo, 31 de maio de 2009

E O PANO CAI...


O pano abre.
Começa a peça.
Peça essa, que com pressa
É feita em cima de um palco
Que aberto ao público
Cresce, cresce em sobressalto.
Digo que sim a todos os que aplaudem,
Até mesmo aqueles que estão num mundo à parte
Uma convivência estimulando
A reflexão entre a vida e a arte.
Sinto subir o nervoso,
Tenho as pernas a tremer,
Agora sou Shakespeare ou Garret
E sei que vou vencer.
Consigo estalar os dedos,
E com isto afasto os medos
Que me atormentam
Que me entram
E partem para sempre.
Agora estou só.
As luzes apagaram,
As portas fecharam
E disto estou farto.
Tudo acabou, foi embora
Morreu e não permanece.
Agora o meu espírito fica,
Numa sala escura,
Enquanto lá fora,
Escurece, escurece, escurece.








/PF

1 comentário:

  1. Era uma vez uma menina
    Que queria dançar.
    Fazê-lo enchia-a de vida,
    Insuflava-a de ar.

    Um dia acharam-na sem pés,
    Viraram-lhe a vida ao contrário,
    Ficou tão deseperada,
    Incapaz de mudar o cenário

    Muito tempo passou
    Até que um dia acordou,
    E com outros olhos viu
    Que a estrela sempre a olhou

    Viu-se então a estudar
    As profundezas do ser
    E na dança sem acaso
    Confiou o seu viver.

    Dança agora outra música
    Qualquer uma que vier
    Alegre salta, rejubila,
    Não tem medo, quer viver! (Nicolau Antunes)

    E, por isso, transpondo isto num cenário verdadeiro,e num palco aberto ao público,

    Enganas-te!mesmo escurecendo lá fora, há um estrela que te olha e que alimenta o teu espírito...espírito esse que permanece mesmo quando as luzes se apagam e as portas se fecham!!que faz com que nada termine..que nada vá embora..daí permanecer até AGORA!!

    Beijo

    Joana

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