domingo, 31 de maio de 2009

E O PANO CAI...


O pano abre.
Começa a peça.
Peça essa, que com pressa
É feita em cima de um palco
Que aberto ao público
Cresce, cresce em sobressalto.
Digo que sim a todos os que aplaudem,
Até mesmo aqueles que estão num mundo à parte
Uma convivência estimulando
A reflexão entre a vida e a arte.
Sinto subir o nervoso,
Tenho as pernas a tremer,
Agora sou Shakespeare ou Garret
E sei que vou vencer.
Consigo estalar os dedos,
E com isto afasto os medos
Que me atormentam
Que me entram
E partem para sempre.
Agora estou só.
As luzes apagaram,
As portas fecharam
E disto estou farto.
Tudo acabou, foi embora
Morreu e não permanece.
Agora o meu espírito fica,
Numa sala escura,
Enquanto lá fora,
Escurece, escurece, escurece.








/PF

terça-feira, 26 de maio de 2009

Welcome Benvólio!

A cada dia que passa tu vais crescendo dentro de mim. Tu és diferente do outro, tu és tu...
Tu tens garra, força e sobretudo és bastante humano e inteligente! Não és tão frágil como "o" dantes...
Agora aqui estou eu para te receber, ver crescer e para te dar vida no palco.

WELCOME BENVÓLIO!

sábado, 23 de maio de 2009

Final Anunciado?

E eis que chega ao fim mais um caminho desta grande caminhada. Grande, mas que está a passar num instante. Ainda parece que foi ontem que dei os primeiros passos e agora... agora já tudo parece terminar num abrir e piscar de olhos. Falta um ano apenas para que tudo acabe.
Agora só me resta continuar a lutar para conseguir o que quero e continuar a fazer com que as pessoas acreditem e apostem em mim!
Que venha ele!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Manifesto à Arte.


Viva a ARTE!
Grita alguém, além.
Viva a ARTE?
Que ARTE? Abaixo a ARTE!
O que é a ARTE?
E esse alguém , já sem ninguém, responde:
É linguagem,
comunicação sem preconceito, mas com conceito,
Numa forma, que de um ponto segue em linha,
numa espinha atravessada na garganta de um poeta,
que transforma sangue exangue,
suor, amor e lágrimas, em rimas,
em paisagem,
ou miragem,
ilusão que é criação.
E a obra, aberta ou da treta,
na cor preta,
ou em outra, claro ou escuro,
no obscuro da morte ou da sorte,
da vida sofrida,
é harmonia, alegria, na noite ou no dia,
de sons, de luz, e até em ponto cruz!
E o artista à vista,
Artesão com visão e sem aversão
Usa de facto um artefacto,
Um artifício como um vício, em sacrifício.
E surge a multimédia, artimédia, que está na média.
E que em símbolos,
Ou em blues,
Cria texturas, amarguras e estruturas futuras.
E assim na vanguarda, sem guarda do sem nexo,
Surge o sexo, convexo, em escultura, pintura,
Que perdura no tempo, sem contratempo.
E a ARTE
Que é parte da anti-arte,
Faz de um artolas, às vezes sem bolas,
Um nome com renome,
Que grita ritmadamente, em pinceladas encharcadas
De tintas e fintas:
Viva a ARTE!!!
E alguém mais que estava ali
Lembra o louco do Dali
E tudo o resto que de resto
Lembra que nem sempre ARTE
É coisa de belo e que farte
o olhar e os sentidos que de serem tão traídos
por essa tal de… ARTE?
ficam cegos, surdos, mudos
achando-se uns cornudos
e mandados para tal parte…
E aquela obra prima
pobre em cor e crua em rima
é apenas uma tela
engasgada na goela
do esforçado voyeur.
Por isso a ARTE do belo deve sê-lo!
Por isso a ARTE do verdadeiro artista deve estar à vista!
Por isso a ARTE da Linguagem deve ser uma viagem!
Por isso a ARTE da cor deve falar de amor!
Por isso a ARTE do traço deve mostrar o abraço!
Por isso a ARTE do som deve variar em tom!
Por isso a ARTE ilusão deve iludir a visão!
Por isso a ARTE ciência deve envolver consciência!
Por isso a ARTE de amar deve sempre ter um par!
Por isso a ARTE nascer deve sempre ser um querer!
Por isso a ARTE viver deve dizer aprender!
Por isso a ARTE morrer deve dizer não esquecer!
Por isso a ARTE da manha deve ter uma artimanha!
Por isso a ARTE com nome deve sempre ter renome!
Por isso a ARTE da ARTE deve ter um nome à parte!
Por isso, por isto e aquilo,
Se a ARTE for anti-arte,
Abaixo a ARTE!!!

O Último Rei.


E assim acaba uma etapa da minha vida.

Foram tantos os "Almas" que todas noites pairavam por aquela sala, tantos os regicídios feitos durante vinte longas noites. Tantos "Antónios" para a cadeia e tantas loucuras...

Acabou.
Antes desejava que acabasse...
Agora, só desejo que recomece...

Adeus Rei...

Adeus D.Carlos...

sábado, 16 de maio de 2009

Teatro como Religião.


Um dia disseram-me que "O Teatro é uma religião". Confesso que ao início não concordei muito com esta afirmação, achei que não fazia muito sentido. Mas faz, pensei melhor e cheguei à conclusão que realmente faz todo o sentido. Se enterdermos religião como o cumprimento de um ritual que nos é comum a todos, no qual existe um "Deus Supremo", podemos entender o Teatro como tal.

Se entendermos o actor como um crente, e o encenador como o "Deus", então podemos equiparar os dois conceitos.

O Teatro é todo um ritual feito pelos actores com o maior respeito e concentração pelo que estão a fazer. É possivel fazer este ritual sem público, mas não é possível fazê-lo sem "crentes".

Felizmente que existem muitos crentes desta religião que é o Teatro e muito público para o manter.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Jardim.

Encontro-me num jardim cheio de ervas daninhas à espera de se tornar num prado verde sem fim.