terça-feira, 7 de abril de 2009
Memórias.
Hoje guardei as memórias que me restavam de uma parte importante da minha vida. Agora só me resta tê-las num gaveta e desejar que sejas feliz.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Parede.
Por vezes sinto-me como uma espécie de parede cheia de arranhões e manchas de tinta. As vossas unhas são tão grandes, que me fazem arranhões tão grandes, tão profundos, que permanecem, mesmo com uma ligeira marca. Só vos peço, pensem : Não sou assim tão forte, tão resistente. A minha parede enfraquece também...
Mais cedo ou mais tarde ruirá...
A vida segue lá fora.
Quando tu apareceste eu estava esquecido, nos perdidos e achados da vida. Mas sentia-me bem com a cabeça arrumada, não sentia falta de nada.
Avisei-te à partida que a haver algo entre nós era melhor ter cuidado... Queria viver o presente, queria esquecer o passado.
Portanto não me acuses da dor que dizes sentir agora...Deixa-me só no meu canto, a vida segue lá fora...
Quando tu apareceste, eu estava a saír dos perdidos e achados da dor. E sentia-me bem com o corpo a descansar dos altos e baixos do amor. Avisei-te á partida que um caso entre nós era sempre perigoso, o meu passado recente tinha sido doloroso .
Portanto não me acuses da dor que dizes sentir agora... Deixa-me só no meu canto, a vida segue lá fora...
(Lúcia Moniz)
domingo, 5 de abril de 2009
Incerteza.

O rumo que decidi dar à minha vida é sem dúvida o caminho da incerteza. O ramo desta árvore em que vivo é tão, tão... incerta. Hoje temos tudo, amanhã não temos nada. Hoje somos tudo, amanhã não somos ninguém. Hoje somos estrelas, amanha somos esquecidos. Podemos ser tudo, e podemos não ser nada.
O palco agora está cheio. Mas e amanhã? Quem me diz que não fica vazio de novo? Quem me diz que posso deixar de viver tanta coisa durante tanto tempo? Este meu palco é assim mesmo. Pode ter-se tantos projectores que nos iluminam, como podemos ter ... apenas um pequeno foco.
Sim, eu sei, posso viver num mundo de ilusões. Mas vivo no meu mundo. O mundo que criei para poder ser feliz, nem que seja por instantes.
Sobretudo, acredito em mim. Acredito no meu sonho, no meu objectivo. Não baixarei os braços mesmo quando me quiserem pisar, terei sempre um sapato bem maior para passar essa fase.
Eu não desisto. Persisto, persisto, persisto.
"Eu Sei".
Recordo-me dos momentos que passámos... das palavras que dissemos, das conversas que tivemos, dos sorrisos que soltámos... Partiste assim, de um momento para o outro, nem deste tempo para uma despedida mais longa. Tu que sorrias a toda a hora, querias viver, viver sem ter problemas quando talvez sabias que os tinhas. Sempre soubeste quantas vezes o relógio iria correr por ti, sempre soubeste o que as pessoas pensavam de ti. Nunca baixaste os braços e não paraste de lutar. Eras forte, talvez uma das pessoas mais fortes que conheci até hoje. Hoje, muitas das coisas que me disseste fazem sentido, coisas que me dizias em certas alturas mas que para mim não jogavam.
Cantavas a toda a hora e gostavas que cantassem contigo. Cantavas a festa da vida que te percorria o corpo todos os dias, mesmo quando estavas menos bem.
Agora digo : "Mas que força!", " Que Grande Luta!"...
Tinhas tantos sonhos, tantos que querias realizar e deixaste-os aqui, aqui em baixo.
Agora eu tenho a certeza que estás lá em cima a olhar cá para baixo, e que em cada um de nós, vais ser sempre o ponto mais forte de luz que estará no céu.
Mas partiste...Eu sei que partiste...
sábado, 4 de abril de 2009
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